Emoções

Podem falar á vontade mas ninguém no Mundo nos prepara para certas coisas, lê-se muita coisa, ouve-se outras tantas mas a realidade do que sentimos é bem diferente.

Durante estas 30 semanas de gravidez já passei por várias emoções e vários foram os pensamentos que percorreram a minha cabeça. Já tive medo, senti insegurança. Já me questionei se deveria ter engravidado, já me deliciei com as maravilhas de saber que tenho esta doçura dentro de mim e imaginei fazer coisas encantadoras mas, uma coisa nunca passou - o medo.

Quando de repente penso nas coisas erradas que podem acontecer tenho medo, muito medo de todas as coisas erradas que podem acontecer na vida de uma pessoa até ao final dos seus dias e neste caso essa pessoa é o meu filho. Lembro-me de ter passado por isso com o nascimento do meu irmão e durante anos mas exactamente como eu previa, esse sentimento, é mais do que quadruplicado com o meu filho e por esse motivo evito imagens e leituras mais sensíveis que mostrem deficiências,  fome, guerra, doença e extrema pobreza de pessoas e principalmente de crianças.


Não sou nenhuma besta e muito menos uma pessoa insensível mas torna-se tudo demasiado dramático e com proporções grandiosamente inimagináveis dentro de mim e na minha cabeça. 

Preciso e tenho necessidade de acreditar, ter esperança e fé num Mundo melhor onde o meu filho será para sempre protegido e abençoado. Onde a alegria e o amor serão a única coisa que se lhe é dado a viver. Qualquer coisa fora destes sentimentos deixam-me profundamente abalada. 


Por algum motivo o meu marido deu-me a alcunha de chorona.



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