Adeus Yamaha

Era o ano de 2012 e fiz tanta pressão mas tanta pressão que o Luís cedeu e acabámos por comprar a Yamaha Xmax 125.
O Luís tinha pavor de andar de moto mas passou a adorar. Para a história e entre várias histórias ficou a mais importante das nossas vidas: a roadtrip ao Porto.

Sem planos a não ser que no Sábado teríamos um jantar marcado com o Paulo e a Paula. Fomos e viemos, sem regras nem horários e só um ou outro sítio onde gostaríamos de parar, se desse. O resto foi tudo improvisado.

No meio, pelo meio e lá no meio de não sei onde, nem exactamente quando o Diogo foi feito. Temos a mania de dizer que o feitio dele deve ter sido das curvas e contra-curvas que apanhou pelo caminho, que a vontade de explorar se deve a ter sido feito numa exploração dos pais e que o desassossego e imaginação foi do vento que apanhou. 

Ninguém sabe se foi dentro ou fora de portas mas o gosto pela "vadiagem", pela descoberta ficou- lhe logo ali no sangue, tanto que, ainda hoje, com 4 anos, se o acordo ao fim de semana, sem o informar antecipadamente dos planos (e é melhor eu ir tendo planos porque ele farta-se), ele pergunta: Onde vamos? O que vamos fazer? 

Comigo grávida e depois com o nascimento do Diogo, andar de moto era praticamente uma ilusão. Eu não me lembro de ter andado á pendura mas ainda tentei sozinha mas como não chegava com os pés ao chão e a mota é pesada, ganhei medo e ela foi ficando, ficando... eu insistia para a vender e comprar uma mais pequena para eu ir trabalhar mas ele nada, até ao dia 1.

Foi um dia muito triste, para mim. Era eu quem mais insistia para a vendermos mas fui eu quem mais sofri. Naquele objecto estava escrita a mais bela história da minha vida.


Comentários