Afectos

Não sei se todas as crianças são assim mas eu sei que fui bafejada pela sorte de ter um filho como o Diogo.

O Diogo é uma criança muito esperta, muito inteligente, muito teimosa e quando está para implicar é melhor respirarmos fundo e calmamente encontar uma resposta, uma solução ou ele fica ali a "bater na mesma tecla" e é difícil sair daquele registo de forma tranquila (com o tempo fomos-nos habituando a isso e aprendedo a gerir da melhor maneira que sabemos até porque isso é muito mau para ele).

Agora ele vai estando mais calmo, foi aprendendo a gerir as frustrações e foi também ficando cada vez mais carinhoso e amoroso comigo. O Diogo é uma perfeita e genuína fonte de transmissão de afectos - um mimado do caraças que quer sempre colinho, beijinhos e festinhas - mas retribui em proporção.

O Diogo chama-me só para dizer que me ama. O Diogo está sentado mas levanta-se para me abraçar. O Diogo do nada, sem contexto, olha para mim e diz que gosta muito de mim. O Diogo pára para me dizer que eu sou o amor da vida dele.

O Diogo é tudo para mim e também é a minha principal fonte de afectos, eu sei que ninguém me ama como ele e só ele me sabe amar como eu gosto. Com ele circulam afectos só porque sim, sem nenhum propósito a não ser o facto de que nos apetece e faz-nos bem.

Ao fim do dia estou baixada á porta de casa com os braços abertos para o receber, ele entra eufórico, vem contra mim abraça-me com muita força, dá-me toneladas de beijos e diz-me: - mamã tive tantas saudades tuas.

Depois, às vezes, ignora-me e vai brincar ou pede:  Mamã vez brincar comigo?

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