Comer um doce Tradicional de Natal
... e saber a sua história. O escolhido foi: Filhós
Gil Vicente escreveu sobre este doce de Natal: “mando-vos eu sospirar pola
padeira d’Aveiro que haveis de chegar à venda e entam ali desalbardar e
albardar o vendeiro senam tever que nos venda vinho a seis, cabra a três pão de
calo, filhós de manteiga moça fermosa, lençóis de veludo casa juncada, noite
longa chuva com pedra, telhado novo a candea morta e a gaita à porta.
Apre zambro empeçarás olha tu nam te ponha eu o
colos na rabadilha e verás”.
Antigamente eram as mulheres que as amassavam e
preparavam no joelho para serem fritas no azeite e os homens é que as viravam e
observavam o tempo em que estavam a fritar.
Nesse tempo, há cinco décadas atrás, esta
receita típica do Natal português era um luxo, pela dificuldade que
representava para algumas famílias terem acesso ao azeite e à farinha.
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