Chegou a Rosinha

Chegou a Rosinha. 😍

A Rosinha não sabe porque se chama Rosinha, nem o Diogo sabia o porquê de em tantos nomes possíveis esse ter sido o único que se lembrou mas porque o Céu e a Terra são Um, eu contei-lhe:
Rosa era o nome da minha avó, que nunca conheci, nem em foto, mas que amo profundamente.

A minha avó Rosa esteve sempre a meu lado, sempre falou comigo. Tenho a mais profunda noção de a realmente ouvir após os meus 14 anos e mais tarde vim a descobrir que tinha sido nessa altura que ela morreu. Ela sempre foi a voz dentro de mim e a minha protectora. Salvou-me, aconselhou-me, por N de vezes mostrou-me os caminhos a seguir consoante as decisões que eu tomasse e eu dava muito trabalho 😁. Fui a perfeita rebelde.

Existem coisas que eu tenho muita noção e uma delas foi sempre saber que seria mãe de um rapaz aos 40 anos, que Junho e Setembro teriam a ver com ele e que era uma incógnita se teria mais uma menina. Quando engravidei a primeira vez, estranhei as datas e a verdade é que tive um aborto espontâneo e a verdade é que não me senti muito mal porque alguma coisa me dizia que esse não era o meu destino. Se sei mais coisas? Sei mas ela também deixou páginas em branco para que o livre arbítrio também possa coexistir com a verdade e os desejos de Deus.

Um dia fiz o luto definitivo. Chorei compulsivamente durante uma semana e depois caí na realidade. O Diogo tinha poucos meses, era noite e estávamos na cadeira de embalar e a minha avó Rosa veio despedir-se de mim dizendo que tinha chegado a hora dela, que eu já tinha com quem brincar e que já tinha quem tomasse conta de mim e que agora iria ser um Espírito de Luz, iria subir mas que se eu precisasse que ela viria ter comigo. 
Se percebi? Claro que percebi. Ela nunca tinha evoluído por mim, a missão dela era eu e o menino que estava a ser preparo para ser meu filho já estava a meu lado. No meio de tantas trocas e baldrocas todas as peças encaixavam na perfeição. Chorei muito porque finalmente fiz luto e desta vez ela tinha-me mesmo deixado mas sabia que era para bem dela e que esse era o caminho a seguir.

Um dia o Diogo diz-me que quer ter uma gatinha branca, bebé, só dele e para ele tomar conta e que se vai chamar Rosa. Passaram 2 anos, eu cumpri a minha promessa e ele não esqueceu que já tinha decidido que o nome seria Rosa e não quis voltar atrás.

A Rosinha chega a nossa casa vinda duma casa cheia de amor, 2 meses e 2 dias após o seu nascimento, precisamente na altura do aniversário do Diogo, com uma história que une ainda mais profundamente o Céu e a Terra e que mostra que não existem coincidências.

O que fazemos na Terra importa.

Namastê Rosinha.


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