Palácio de Verão

Palácio de Verão significa Jardim da Harmonia Cultivada.

Em 1888 foi-lhe dado o actual nome e ficou mais conhecido por ter servido de refúgio de Verão à Venerável Imperatriz Cixi, Imperatriz Viúva Tseu-Hi ou Imperatriz Viúva Tzu-hsi que era muito poderosa e  que não oficialmente governou a China durante 47 anos e até sua morte em 1908.

Ela era uma das concubinas de status inferior do Imperador Xianfeng. Em 1856, deu à luz o único filho do imperador mas com seis anos de idade o pai morreu e ele tornou-se Imperador. Um golpe de estado leva Cixi ao poder. 

No princípio tentou combater a corrupção mas a ocorrência de grandes levantes populares a norte e a sul e terminaram, por sua ordem, com grande brutalidade, o que a fez perder alguma popularidade. Ela era ou uma grande amiga ou um inimigo terrível, estava com fome de poder e era cruel. Vir de uma família de classe média e transformar-se numa imperatriz viúva afectou a vida chinesa para sempre.

Quando o imperador a escolheu para dormir pediu para ela ser escoltada até ao seu quarto por eunucos que foram deixados nus, ao pé da cama, para garantir que nenhuma arma fosse levada para o quarto. O imperador teve muitas esposas e concubinas, mas só Tzu-Hsi deu-lhe um filho homem. Após o nascimento do filho ela mudou-se no palácio e após a morte do seu marido foi-lhe dado o título de Imperatriz do Palácio Ocidental - Tzu-Hsi era a imperatriz viúva.

As suas relações com o imperador falecido nunca foram gratificantes porque houve sempre uma luta pelo poder entre eles. Quando o imperador morreu em 1861, seu filho, Chih, tornou-se o Imperador, mas, com o apoio de eunucos revolucionários, a imperatriz assumiu o controle do governo. Como ainda não podia governar abertamente pronunciava-se através do filho. 

Quando ele completou 17 anos o reinado da Imperatriz chega ao fim. Mas cedenta de poder ela escolhe uma esposa e quatro concubinas para mantê-lo ocupado o suficiente para que ela pudesse continuar a governar. O imperador morre de doença venérea em 1875 e Tzu-Hsi torna-se mais uma vez e oficialmente, governante mas iria perder esse cargo se a concubina do seu filho desse á luz o filho que trazia no ventre, o que misteriosamente nunca aconteceu porque a concubina apareceu morta.

A Rebelião dos Boxers de 1900 foi um ponto de viragem fundamental no seu reinado. A Rebelião dos Boxers com o seu apoio e dirigido por uma sociedade secreta de pobres chineses que culpavam os ocidentais e seu imperialismo por serem pobres. No início de 1900, os Boxers atacaram missionários ocidentais e comerciantes, bem como o local, em Pequim, onde os estrangeiros viviam, começando um cerco que durou oito semanas. 
A 14 de Agosto as milhares de tropas dos exércitos aliados das potências imperialistas ocidentais capturadas Pequim terminaram com o cerco. Tzu-Hsi decidiu fugir da cidade com o filho imperador. A Rebelião dos Boxers acabou, pelo menos, com a morte de 250 estrangeiros e com a China a aceitar um acordo de paz humilhante.

Quando volta à cidade, em 1901, trás uma perspectiva totalmente nova. Agora era a favor da modernização da China e em fazer reformas morais e sociais. A imperatriz prometeu uma constituição e um governo representativo mas a promessa veio um pouco tarde demais. Em 1908, Tzu-Hsi sofreu um derrame e percebendo que estava a morrer começou a pensar sobre na sucessão - escolheu o sobrinho de três anos, P'u Yi. 

Após sua morte ela foi enterrada com esplendor, coberta de diamantes, que sempre foram a sua grande paixão em vida. Em 1928, revolucionários explodiram o seu túmulo, saquearam e profanaram o corpo dela.

Se o povo gostava dela ou não, isso não lhe tira o papel central que desempenhou na história da China. Durante a sua vida na política, Tzu-Hsi foi inteligente e magistral mas a sua mentalidade estreita e ultra-conservadora adiou o que a China precisava fazer para manter o ritmo com o resto do mundo. No momento em que ela percebeu, já era tarde demais. 






Adorei conhecer este Jardim e só lamento não ter lá ficado mais tempo para descobrir novos recantos e encantos. Fico fascinada quando penso que á tão pouco tempo, um outro pais, vivia uma outra qualquer realidade  completamente diferente da ocidental e digna do mais belo conto de fadas e histórias míticas.




A árvore está envolta em tecido para não se constipar. Não riam que é verdade!!! 
Como o frio é muito, existe o costume de tapar as árvores, envolvendo-as com tecido ou prendendo-lhes palha à volta, para que não se estraguem e queimem com o gelo.


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