Kafka á beira-mar

Com muitas cenas malucas como um conto infantil de  Alice no País das Maravilhas mas para adultos. Haruki, volta a levarmos para um mundo espiritual e fantasioso ao estilo da escrita japonesa. 

Gosto muito da imaginação dele, da forma como conta várias histórias que depois se fundem directa ou indirectamente. 

Ele é isso: um contador de histórias e elas não têm de fazer sentido porque no mundo da escrita a imaginação é o limite e Haruki é um desarrumado com acesso a histórias e mundos que nos confundem o cérebro mas que nos cativam na sua desorganização.

As suas personagens procuram um eu mais profundo e nós temos tendência a ir á procura desse eu para de alguma forma nos identificarmos.

É talvez o meu autor preferido devido a esse desarranjo que ele não teme nem tenta explicar mas que o leva, cada vez mais fundo, ao mundo dos sonhos e á exploração de cenários no mundo espiritual.

Adoro a forma como ele se atreve e concretiza a sua escrita, sem medo nem preconceito do imaginário.




Comentários