Onde pára a nossa vida?
Em 2 semanas é a 3 que o INEM tem de me trazer de urgência para o hospital. Sinto que estou a ter um AVC, o meu coração aperta, doi-me. A minha tensão ora dispara pra fica muito junta, as enzimas ficam elevadas, a troponina também.
Tenho medo, estou a desesperar. Mal acordo de manhã e isto acontece-me e agora estou de baixa. Ainda ninguém sabe se o mal é físico ou psicológico e eu sofro muito. Hoje o meu filho assistiu a tudo, felizmente conseguimos mantê-lo tranquilo mas também não fomos totalmente honestos com ele.
Tenho medo. Sou feliz, não tenho conta bancária visível mas tenho uma boa vida, uma boa família e sou amada. Tenho medo.
Entretanto escrevi este texto no meu Facebook para dizer sem dizer que estou a sofrer e tenho medo. Ninguém o entende ou não o entende como deve ser mas não faz mal porque eu só queria escrever.
Um dia tudo está bem, a vida corre maravilhosa e sem sabermos porquê aquele aperto no coração acorda as pessoas para a vida.
E elas pensam que mais podem querer se apesar dos normais sobressaltos a vida flui e corre tranquilamente!?
A ciência e o espírito chocam-se, cada uma apregoa para si que o coração é seu e o ser humano debate-se com a sua minúscula existência num universo onde nem os mortos nem os vivos se entendem.
O sopro... As escolhas, a intuição.
Alguma coisa se sobrepõe á razão quando não entendes mas quando aquela luz teima em aparecer alguma coisa pode acontecer e tremes.
Lá ao longe ouves: Pára. Tens de parar, de mudar de lugar.
E o homem teima porque não entende, porque a vida traz-lhe necessidades, porque era suposto não ser agora. A razão versus emoção.
Luzes vermelhas, azuis, a dor, os apitos, o medo e a necessidade imperiosa de viver. A ganância de querer começar a viver já não acalma a ânsia da necessidade da espera.
E assim ficamos... No limbo da vida entre o querer e o ter que machuca o ser. As luzes vermelhas, azuis, a dor... E a vida? Onde pára a nossa vida???
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