O Nosso Sono
O Sono é esse monstro terrível que nos ataca constantemente depois da maternidade. O nosso e o deles porque quando eles não dormem não há forma de nós dormirmos e muita má disposição fica disponível.
Portanto o melhor é: arranjar soluções para ele durma. Para isso temos a internet, o nosso senso comum e a nossa capacidade de avaliar e entender os sons e gestos do filho - acreditem que depois do primeiro mês tudo é muito mais fácil mas, no primeiro mês em que mãe e filho não falam a mesma língua e mal se entendem tudo parece um castelo louco a desmoronar-se e reza-se por paciência. Também o pai que estando cansado e absorvido por esta vida, mesmo quando dorme, fá-lo mal. O descanso é pouco, mesmo quando nos encostamos porque todas as preocupações estão viradas e centradas para o bebé.
A preparação que temos nas aulas pré-parto é fundamental mas a realidade é muito mais avassaladora e absorvente, principalmente quando se passa os primeiros dias de vida do bebé, com ele internado nos Cuidados Intensivos e esse primeiro mês prolonga-se.
Como se atrasa a chegada do bebé a casa, ao cansaço psicológico que toda a situação de ter um bebé internado, juntam-se mais dias de aprendizagem mútua e sem descanso, ainda não se descomprimiu da primeira situação mas já outros "problemas" e acontecimentos normais da maternidade vão aparecendo rapidamente e exigem de nós um entendimento e resolução tão rápida que é esgotante, principalmente quando somos mães de primeira viagem e garanto que não existe no mundo passaporte para isto e por mais que se leia e nos falem, o nosso filho além de ser nosso e único, tem também a sua forma de reacção e entendimento para com o que o rodeia.
É preciso descortinar e responder rapidamente a essas exigências, descobrir formas de contornar os problemas e arranjar rapidamente soluções ou o conto de fadas pode ser um pesadelo, muitos casamentos acabam nessa altura ou dá-se inicio ao principio do fim. Muitos pais tornam-se possessivos em relação aos filhos e outros tantos acham que só eles têm razão dando origem a discussões, é claro que isto tudo me aconteceu, acontece a todos com mais ou menos intensidade portanto não estranhe, entranhe, respire fundo e bola para frente.
Não esquecer que é fundamental que se entregue o bebé aos cuidados do pai e que o deixe descobrir o Ser que tem nos braços sem a sua interferência. É fundamental para a mãe porque aproveita para descansar, tomar um banho, arrumar a casa, para o bebé que precisa do contacto paternal e para o pai que quer estar envolvido no desenvolvimento e educação da criança desde o primeiro momento. Mesmo que o pai diga que está cansado meta-lhe o filho ao colo para ele cuidar, nós mães também estamos e precisamos daquele curto espaço para nós.
No meu caso tendo um quarto de bebé esta solução resultou na perfeição mas só com alguma briga á mistura antes de ser aperfeiçoada porque as preocupações tiram muito sono e descanso desnecessário, mas é normal: O bebé acorda durante a noite, eu dou-lhe de mamar no quartinho dele e depois voltamos os dois para o quarto de casal, cada um para a sua cama. Ainda hoje é assim. O pai a maior parte das vezes não dá por nada e pode ficar descansado para trabalhar (agora dá menos e quando dá, já não se sente tão cansado por acordar 5 minutos devido ao hábito) mas... e existe sempre um mas... quando chega a casa do trabalho tem de me dar e dá-me, o meu tempo, umas vezes com mais vontade e outras com menos e as soluções vão-se equilibrando com o tempo e a coisa passa a fluir mais naturalmente com maior entendimento.
Para mim e neste momento, está a resultar porque também descobri formas de fazer com que o Diogo vá descansando durante o dia, coisa que ele não fazia depois de ter vindo a segunda vez do hospital, com ele descansado durante o dia, eu adquiro outra disponibilidade mental para tudo o resto que me rodeia e para lhe o que ele precisa.
Depois falo mais destas coisas porque ele acabou de acordar e precisa de mim...
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