A Única na Multidão

 Eu...

Sempre fui assim. Sempre andei por onde tinha de andar, sempre pisei o chão que tinha de pisar. 

Andei por bons e maus caminhos mas desde os 14 anos, desde que conquistei a minha liberdade, que faço as coisas com coração. Ferir o meu coração é ir magoando as minhas crenças mais profundas ao ponto de atingir a minha alma. 

Desgastam-me as coisas mesquinhas, as mentiras, os interesses e as guerrilhas. Estou onde quero e porque quero, estou onde faço falta porque acredito e não porque espero directamente alguma coisa e muito menos para me chatear.

Essa espera nunca foi para mim em nada que fiz na vida e sempre me afastei quando cheira a podre ou me sinto desconforto na minha integridade e crenças.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, eu não luto, caminho com fé e esperança. Isso é lutar para alguns mas para mim é só quem sou e faz parte da minha existência.

Poderia ter tudo o que o dinheiro pode comprar mas sempre acreditei na voz dentro de mim e que o meu coração bate sempre e só por princípios correctos. 

Até agora nunca me enganei porque entrei e saí dos labirintos e dos espelhos deformadores das vaidades sempre com o coração porque lá reside a minha razão, a cabeça é só um adereço.

Já cheguei a ser a única na multidão e se assim tem de ser assim será sempre mas as minhas ideologias, os meus ideais, as minhas crenças ninguém destrói e MUITO MENOS A MINHA LIBERDADE E OS DIREITOS DO MEU FILHO.

Está na altura de ir em direção de coisas mais urgentes.



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